quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Crônica: Salvem-me desse mundo, é Fake!



A vida é uma caixinha de surpresas... Já afirma o dito popular. A pior é aquela que custa muito, vem bem embalada e quando se observa seu interior não passa de um amontoado de itens desconexos e sem valor algum. Tenho prestado muita atenção no que as pessoas postam nas redes sociais, nos artigos de “iluminados” de plantão, nas chamadas televisivas, e concluí que a mentira é uma realidade. Ou será que a realidade é uma mentira? Com conhecimento de causa noto que, o que parece não é, e o que não é, faz parecer. Nunca se mentiu tanto neste planeta de meu Deus. A verdade é uma mentira... Tente ser verdadeiro e perceberá para o que estou chamando a atenção. Tente ser verdadeiro e perderá seu emprego, seus amigos, seus companheiros de religião. Não existe verdade absoluta é claro e cristalino, no entanto, mesmo que cada um tenha suas verdades, há de se ter um consenso. Mas a mentira como dogma já ultrapassou os limites do aceitável. Praticamente, com raras exceções, nos defrontamos com pessoas extremamente egoístas e sem pudor algum para com a mentira. Troca-se de identidade a cada esquina. Troca-se de identidade a cada nova vestimenta. Troca-se de "amor" a cada nova identidade. Amor que nestes tempos é algo que se encontra e que se compra em qualquer lugar e a qualquer preço. Pobre humanidade de razoabilidade rasteira. Pobre humanidade de rala profundidade. Pobre humanidade digital que se contenta com imagens sem perfume e sem cor!




sábado, 4 de janeiro de 2020

Indiferença.



O sentimento negativo mais poderoso e destrutivo que domina o íntimo do ser humano é a indiferença. Quando esgotados todos os recursos e meios disponíveis para reverter situações de desentendimentos e não mais se obtém respostas aos anseios vem a indiferença e esta se sobrepõe a todos os demais sentimentos por mais nobres que se apresentem.

Muito mais do que a raiva, do que o ódio, a indiferença já não espera nada mais de retorno. É o fim das tentativas. É o fim da esperança. É o fim de relacionamentos. É o nada!

É um sentimento de vazio, de aridez da alma, de esquecimento do espírito. É a desesperança total. É a falta da capacidade de compreender. É a falta da capacidade de sentir. É a falta da capacidade de discernimento.

A indiferença é mortal!

Mata as mais nobres tentativas de reconciliação. Mata as mais nobres tentativas de entendimento. Mata o cerne da vida.

Vivemos em uma época extraordinária em que as aparências dominam as atividades humanas de uma forma tão natural que espanta quando alguém se mostra sincero e honesto. Parece-nos que as pessoas deste tempo não amadurecem e se comprazem em práticas autodestrutivas não antevendo consequências de seus atos.

A indiferença é uma arma poderosa que se contrapõe ao amor, que se contrapõe à Lei do Progresso das Almas, que se contrapõe à compreensão da Criação Divina.

O indiferente é morno, sem objetivo definido, sem afeição. É um pária da sociedade fraternal. É digno de autopiedade, pois nem a si dá valor. Nem a si demonstra gratidão pela vida. Nem a si se conhece.

Desejamos firmemente aos indivíduos que perecem deste aspecto opressor e deprimente encontrar uma porta de consolação e ajuste.

Pesemos nisso.