Um mal existente há
muitos anos, há séculos mesmo, não se resolve de súbito. Procedimentos
enraizados e que se perdem na poeira do passado não se consegue modificar
repentinamente.
Essa dificuldade é comum
tanto ao obsidiado quanto ao obsessor. E nas almas em conflitos que se debatem
no emaranhado de compromissos do pretérito mais difícil se torna a assimilação
de novos hábitos que modifiquem conceitos e até, mais ainda, sentimentos.
Hábitos de ódio, de
revolta, de vingança; condicionamentos de modos de proceder egoísticos e
cruéis, sentimentos que foram cultivados durante séculos somente se
transformarão no momento em que, cansados de sofrer, de se machucar nos
espinheirais do caminho, no exato instante em que sorverem o conteúdo completo
da taça de fel, forem tais irmãos conquistados pelas forças suaves e
persuasivas do Bem e do Amor.
A transformação moral é
(presume-se) meta principal de todo cristão, daquele que sente dentro de si
mesmo despertarem todas as potências. É a luz que se acende. O chamado que
repercute. O romper dos primeiros elos que nos manietavam ao jugo das servidões
inferiores. O cair das "escamas": "E logo lhe caíram dos olhos
como que umas escamas e recuperou a vista." (Atos. 9:18.)
Emmanuel analisa
magistralmente o instante em que Ananias, sob o influxo do Mestre, devolve a
visão a Paulo de Tarso, alertando-nos para outras escamas que também nos
revestem: "Não somente os olhos se cobriram de semelhantes excrescências.
Todas as possibilidades confiadas a nós outros hão sido eclipsadas pela nossa
incúria, através dos séculos. Mãos, pés, língua, ouvidos, todos os poderes da
criatura, desde milênios permanecem sob o venenoso revestimento da preguiça,
egoísmo, do orgulho, da idolatria e da insensatez." (Vinha de Luz,
Emmanuel).
E Emmanuel prossegue
explicando que, após render-se incondicionalmente ao Cristo, Paulo entra na
cidade onde iria receber a ajuda de Ananias. Mas que, sendo-lhe restituída a
visão, Paulo daí em diante entregar-se-ia de corpo e alma à causa do
Senhor, e, à custa de extremos sacrifícios, consegue "extrair, por si
mesmo, as demais escamas que lhe obscureciam as outras zonas do ser".
E o que temos feito nós
para sair de dentro de nossas escamas, que são como couraça a nos revestirem? De
que maneira temos trabalhado para conseguir isso?
A Doutrina Espírita nos
faculta todos os meios para atingirmos esse desiderato.
Já não podemos mais
postergar o labor de nossa transformação íntima.
Hoje, que reencontramos
a palavra do Mestre em toda sua pureza e simplicidade nos ensinos do
Consolador; agora, que sentimos integralmente todo o peso de nossa
responsabilidade e o quanto permanecemos até o presente cegos, surdos,
paralíticos e hebetados (imbecilizados), soou, enfim, o instante decisivo em
nossa existência multimilenar.
Cansados de carregar o
fardo de aflições, defrontamo-nos, talvez, com o mais decisivo momento de nossa
romagem evolutiva. É definição que de nós esperam aqueles que nos amam e nos
aguardam no Plano Espiritual Maior.
Não só para os
portadores de obsessões declaradas enfatizamos a imperiosa e inadiável
necessidade da reforma moral, mas para todos nós, espíritas ou não.
A importância dos
trabalhos desobsessivos, dos estudos que estamos efetuando em torno desse tema
é, por isso, grandiosa, já que os primeiros beneficiados somos nós, os que
estamos lidando nessa abençoada seara.
Para termos condições
morais de colaborar numa tarefa dessa envergadura torna-se imprescindível que
apliquemos, de início, em nós mesmos, as lições que tentamos transmitir aos
outros.
A moralização íntima é
assim condição essencial para a cura tanto do algoz quanto da vítima. E para a
nossa própria cura.
Reforma Íntima
A Reforma intima é um processo continuo de autoconhecimento,
de conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente
na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. É a
transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem
novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora
de si.
1. Por que a Reforma Íntima?
Porque é o meio de nos libertarmos dás imperfeições
e de fazermos objetivamente o trabalho de burilamento dentro de nós,
conduzindo-nos comestivelmente com as aspirações que nos levam ao aprimoramento
do nosso espírito.
2. Para quê a Reforma Íntima?
Para transformar o homem e a partir dele, toda a
humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos
ao lado dos batalhadores das últimas horas, pelos nossos testemunhos,
respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação
cíclica do Terceiro Milênio.
3. Onde fazer a Reforma Íntima?
Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas
transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no
nosso relacionamento com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigas e,
ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressadamente com serviços ao
próximo.
4. Quando fazer a Reforma Íntima?
O momento é agora e já; não há mais o que esperar. O
tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos
fazer no nosso íntimo.
5. Como fazer a Reforma Íntima?
Ao decidirmos iniciar o trabalho de melhorar a nós
mesmos, um dos meios mais efetivos é o ingresso num Grupo de Estudos Regulares,
cujo objetivo central é exatamente nosso aperfeiçoamento moral. Apoiados pelo próprio
grupo e pela cobertura do Plano Espiritual, conseguimos vencer as naturais
dificuldades de tão nobre empreendimento, e transpormos as nossas barreiras.
Dai em diante o trabalho continua de modo progressivo, porém com mais
entusiasmo e maior disposição. Mas, também, até sozinhos podemos fazer nossa
Reforma Íntima, desde que nos empenhemos com afinco e denodo, vivendo coerentemente
com os ensinamentos de Jesus.
O
CONHECIMENTO DE SI MESMO
As bases da REFORMA ÍNTIMA foram lançadas por Allan
Kardec no LIVRO DOS
ESPÍRITOS na pergunta 919: “Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar
nesta vida e resistir ao arrebatamento do mal”?
Um sábio da antiguidade vos
disse: “CONHECE-TE A TI MESMO”.
Na resposta à pergunta 919-A, feita por Kardec aos
Espíritos, SANTO AGOSTINHO
afirma: “O Conhecimento de Si Mesmo é, portanto, a chave do progresso individual”.
Todo esforço individual no sentido de melhorar nesta
vida e resistir ao arrebatamento do mal só pode ser realizado conscientemente,
por disposição própria, distinguindo-se claramente os impulsos íntimos e
optando-se por disposições que nos levem à mudança de comportamento.
A disposição de
conhecer-se a si mesmo surge de duas maneiras:
Surge naturalmente como
fruto do amadurecimento espiritual de cada um provocada pela ação do sofrimento
renovador, que sensibiliza a criatura e desperta-a para os valores novos do
espírito.
Uns chegam pela compreensão natural outros pela dor,
que também é um meio de despertar nossa atenção.
CONHECER-SE
PELA AUTOANÁLISE
919-A – Alan Kardec – “Compreendemos toda a sabedoria dessa
máxima (Conhece-te a ti mesmo), mas a dificuldade está precisamente em se
conhecer a si próprio. Qual o meio de se chegar a isso?
À pergunta de Alan Kardec Santo Agostinho, responde,
oferecendo o resultado de sua
própria experiência:
“Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim
de cada dia interrogava a
minha consciência, passava em revista o que havia feito e me perguntava a mim
mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever, e se ninguém teria
motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que
em mim necessitava de reforma.”
Isso é AUTOANÁLISE – É UM PROCESSO SISTEMÁTICO E
PERMANENTE DE EFEITOS DIÁRIOS E CONTÍNUOS, AONDE VAMOS AO ENCONTRO DE NÓS
MESMOS.
O processo de autoanálise pode e deve ser utilizado
mais intensamente pelo
homem, como meio de autoeducação permanente e ordenada.
PRECISAMOS sair da condição de indivíduos conduzidos
pelo envolvimento do
meio, reagindo e mudando, para passarmos à categoria de condutores de nós
mesmos, com amplo conhecimento de nossas potencialidades em desenvolvimento.
FAÇA
SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL. CONHECIMENTO DE SI MESMO
Medite a respeito das seguintes
afirmações:
- Conhecer-me é a chave do meu melhoramento individual.
- Conhecer-me em profundidade suficiente, podendo assim
identificar os meus próprios impulsos.
- Sou capaz de Identificar os porquês de minhas
principais manifestações impulsivas no terreno das emoções.
- Sou capaz de refletir sobre mim mesmo e autoanalisar-me.
- Percebo quando, de alguma forma, ofendi alguém.
- Por vezes, sentimentos fortes que não consigo dominar
me causam tristeza.
- Sou capaz de relacionar os meus principais defeitos.
- Diante de algum erro ou falha sinto a necessidade de
correção.
- Já sofri alguma dor profunda por período de doença
que me fez mudar os meus hábitos e corrigir algum defeito.
- Sentiria-me mais feliz e alegre compreendendo e
controlando melhor as minhas reações desagradáveis.
PONDERE
E PROCURE DECIDIR-SE
O que foi abordado até aqui teve como objetivo levar
o leitor a refletir sobre a importância do Conhecimento de Si Mesmo, que é a
chave do melhoramento individual.
Analise agora as suas reflexões, e conclua por você
mesmo como se encontra diante desse trabalho de exploração da sua consciência.
É evidente que muito pouco sabemos sobre nós mesmos, mas chegaremos, agora ou
depois, cedo ou tarde, à conclusão de que um dia desejaremos ser conduzidos
pela própria vontade no caminho do bem. Então, o primeiro passo é exatamente
esse: Conhecer-se a Si Mesmo.
Convidamos você a tomar agora a decisão de realizar
esse trabalho, caso ainda
não o tenha feito ou, se quiser seguir a leitura abaixo indicada, para maiores
reflexões.
O
QUE SE PODE TRANSFORMAR INTIMAMENTE
Esta parte foi
desenvolvida sobre três temas básicos, a saber:
- Os vícios;
- Os defeitos;
- As virtudes.
A VONTADE FERRAMENTA
FUNDAMENTAL
Há vários métodos que ensinam a fazer algo, porém
todos partem de um
pressuposto: A Vontade.
A vontade pode ser fraca ou forte, e ela diz muito
do propósito e da
capacidade de decisão que imprimimos à nossa vida. A vontade, como vimos, pode
ser fortalecida por afirmações repetidas por nós mesmos, como forças
desencadeadoras de nossas potencialidades psíquicas, pensando e até dizendo:
“eu
quero ……..”, “eu não tenho necessidade ……..”, “eu vou deixar de
……..”.
Assim, vamos fortalecendo a vontade e, ao largarmos
o “vício X”, devemos fazê-lo de uma só vez, pois não é aconselhável deixar aos
poucos.
O acompanhamento médico, porém, é recomendado em
qualquer caso.
Resistir de todos os modos aos impulsos que
naturalmente vão surgir: dessa forma, no decorrer dos dias, a autoconfiança
aumenta.
Com isso desenvolvemos um treinamento de grande
valor com relação ao domínio e ao controle da vontade, conduzindo-a em direção
ao aperfeiçoamento interior, trabalho esse do qual sempre nos afastamos levados
por envolvimentos de toda sorte.
Nada se conquista sem trabalho. E, vencendo o...,
capacitamo-nos a superar outros condicionamentos que nos prejudicam igualmente
na caminhada evolutiva.
VÍCIOS
Os primeiros abrangem aqueles considerados mais
comuns, tidos até mesmo como
costumes sociais, mas que acarretam, pelos malefícios provocados, sérios danos
à
nossa constituição orgânica e psíquica. Pela ordem, são eles:
- O fumo.
- O álcool.
- O jogo.
- A gula.
- Os abusos sexuais.
A respeito dos vícios, ninguém em nossa sociedade, é
criticado ou rejeitado pelo fato de fumar, beber, jogar, comer bem ou ter
aventuras sexuais. Tudo isso já foi até mesmo consagrado como natural e,
portanto aceito amplamente como “costume da época”.
Estamos alheios aos perigos e às consequências que
os citados hábitos nos acarretam, mas um pouco já sabemos:
- Fumo – câncer no pulmão – enfisema – etc.
- Álcool – cirrose – ressaca, enxaqueca.
- Aventuras sexuais – doenças venéreas – AIDS
- Comer demais – obesidade – colesterol etc.
Em alguns países já existem restrições a propaganda
de álcool e cigarros,
inclusive no Brasil cigarros só podem ter propaganda na TV após as 22 horas e se
exige colocar no invólucro do maço de cigarros que fumar faz mal a saúde.
DEFEITOS
- Orgulho
- Vaidade
- Inveja
- Ciúme
- Avareza
- Ódio
- Vingança
Os defeitos para o homem são os grandes impedimentos
do seu progresso moral.
Vamos conhecer as características peculiares de cada
um desses defeitos para ser mais fácil identificar e combater.
“O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILÂNCIA” diz um
ditado militar, e devemos aplicar à nossa BATALHA ÍNTIMA que também vamos
precisar da ferramenta VONTADE.
PEDRO CAMARGO “VINÍCIUS”- no livro - O MESTRE NA
EDUCAÇÃO - cap. 20 – Querer é poder? – ”Há muita gente que procura com afinco realizar
seu ‘querer’, por este ou aquele meio, desprezando precisamente o processo
seguro do êxito, o saber.
Daí os fracassos, o desânimo, a descrença e o pessimismo de muitos”.
E NO FINAL CONCLUI:
“SABER É PODER, REPETIMOS. AQUELE QUE SABE PODE.
AQUELE QUE QUER E IGNORA A MANEIRA DE REALIZAR SEU ‘QUERER’ NÃO PODE COISA
ALGUMA”.
ORGULHO
Amor próprio acentuado. Contraria-se por qualquer
coisa. Reage explosivamente
a qualquer observação ou critica de seu comportamento. Menospreza as ideias do
próximo, preocupa-se com a aparência exterior, dá demasiada importância a
posição social e ao prestigio pessoal.
VAIDADE
Apresentação pessoal exuberante no vestir, nos
adornos, intolerância com aqueles cuja posição social ou intelectual é mais
humilde, aspiração a cargos e posição de destaque não reconhecimento de sua própria
culpabilidade diante do infortúnio que passa.
INVEJA
Desejo manifestado dentro de nós de possuir algo que
vemos em alguém ou na
propriedade de alguém. Crítica a alguém que faz pouco e muito possui. Estado de
depressão, causando tristeza, sofrimento, inconformação e revolta com a própria
sorte. Apego aos valores transitórios da existência: posição social, objetos de
uso pessoal, bens materiais, recursos financeiros.
CIÚME
Nosso apego a objetos e a
pessoas – posse.
AVAREZA
Apego ao dinheiro e a
objetos materiais que possuímos.
ÓDIO
O ódio é uma manifestação dos mais primitivos
sentimentos do homem animal, o ódio nos leva a cometer os atos mais indignos de
violência, de agressividade, causando dissensões e até mortes, contraindo
muitas vezes as mais penosas dívidas para o futuro junto com o ódio fica o
rancor.
Como combater:
- Perdoando aos que nos ofendem,
Jesus deu a fórmula “não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete”.
- O primeiro passo é segurá-lo de
todos os modos. Calemos a boca, contamos até dez ou até cem, caso seja
preciso. Depois procurar um local onde possamos nos recolher e ir aos poucos
se acalmando mentalmente para serenar nosso ânimo exaltado.
VINGANÇA
É uma reação carregada de fortes emoções, por uma
ofensa a nós dirigida. Geralmente são emoções fortes como o ódio que levam as
criaturas a atos criminosos de vingança.
VIRTUDES
- Humildade.
- Modéstia.
- Sobriedade.
- Resignação.
- Sensatez.
- Generosidade.
- Afabilidade.
- Doçura.
- Compreensão.
- Tolerância.
- Perdão.
- Misericórdia.
- Paciência.
VIRTUDE – Não é algo tão distante assim do nosso
modo de ser – dicionário – disposição firme e constante
para a prática do bem.
Livro dos Espíritos 893 – “O sublime da virtude consiste no sacrifício do
interesse pessoal para o bem do próximo, sem intenção oculta”.
Humildade, Modéstia e Sobriedade
- podemos resumir essas três virtudes como sendo:
Despretensioso, Conformado, Resignado, Simples, Submisso,
Respeitoso, Reservado, Comedido, Moderado, Sóbrio.
Resignação
Para sermos resignados precisamos aprender a não
lamentar a nossa sorte e a aceitar com submissão pacientemente os sofrimentos
da vida.
Sensatez
Pessoa que age com cautela e sabedoria. Sabedoria
pressupõe conhecimento das
verdades espirituais e, portanto, da importância dos fatos e ocorrências da
vida
como meio de nos elevar na escala da evolução espiritual.
Generosidade
Ser bom, pródigo, saber fazer o bem, ser desapegado
dos bens terrenos, ter alegria e satisfação em servir.
Afabilidade
e Doçura
São manifestações naturais da benevolência para com
as criaturas, resultantes do amor ao próximo. Afável e doce é ser: cortês,
agradável, bondoso, brando, suave, sereno meigo e terno.
Compreensão e Tolerância
Ser compreensivo é estar preparado para aceitar as
reações, a conduta, o modo de ser das pessoas sem prejulgamentos ou condenações é aceitar as pessoas como elas são. A tolerância é consequência da compreensão. Não nos cabe salientar os erros e os defeitos alheios nem mesmo criticar, devemos admitir, desculpar, aceitar, perdoar, atenuar e mesmo comutar erros.
Perdão
Devemos perdoar sempre – Jesus – perdoar não sete
vezes, mas setenta vezes sete vezes – ILIMITADAMENTE.
Misericórdia
É o esquecimento e perdão
das ofensas.
“O esquecimento das ofensas é o apanágio (qualidade,
atributo) das almas elevadas, que pairam acima dos golpes que lhes queiram
desferir.”
Paciência
Num mundo de pressa e
correrias, como ser pacientes?
O relógio é o nosso maior
tormento!
Discutimos, perdemos a calma, nos irritamos, nos
exasperamos, nos desequilibramos emocionalmente durante o dia várias vezes.
Ser tolerante, é a aceitação tranquila, a vigilância
ponderada.
Cada um de nós poderá identificar, nos momentos
diários, as ocasiões em que deverá aplicar a paciência.
UM
MÉTODO PRÁTICO DE AUTOANÁLISE
Livro dos Espíritos - 919-A – S. Agostinho ”Aquele que, todas as
noites, lembrasse todas as suas ações do dia e se perguntasse o que fez de bem
ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecessem, adquiriria
uma grande força para se aperfeiçoar, porque, acreditai-me, Deus o assistirá”.
ESTABELECER
METAS
Comecemos por definir o que deve e precisa ser
modificado em nós: estabeleçamos nossas metas. Analisemos o que queremos
modificar.
COMO
ENFRENTAMOS OS VÍCIOS MAIS COMUNS
Um caminho é começar pelos hábitos ou vícios que
ainda nos condicionam a satisfações ou necessidades prejudiciais ao nosso corpo
e ao nosso espírito.
A escolha das prioridades dos vícios e dos defeitos
a eliminar fica a nosso critério individual.
A
PRÁTICA DO ORAR NO PROPÓSITO DE VIGIAR
Oremos, com o melhor de nossas intenções, com toda a
emoção, e recebamos o
influxo das energias suaves que nos serão dirigidas em sustentação aos nossos
propósitos.
CULTIVO
DAS VIRTUDES
Pode parecer que só nos preocupamos com o nosso lado
inferior. Mas, é imprescindível também cultivar as virtudes.
Um modo de cultivar as virtudes é tentar a
substituição dos defeitos por virtudes:
ORGULHO pela HUMILDADE.
VAIDADE pela MODÉSTIA e
SOBRIEDADE.
INVEJA pela RESIGNAÇÃO.
CIÚME pela SENSATEZ e
PIEDADE.
AVAREZA pela GENEROSIDADE
e BENEFICÊNCIA.
ÓDIO pela AFABILIDADE e
DOÇURA.
VINGANÇA pelo PERDÃO.
INTOLERÂNCIA pela
MISERICÓRDIA.
IMPACIÊNCIA pela
PACIÊNCIA e MANSUETUDE.
OCIOSIDADE pela DEDICAÇÃO
e DEVOTAMENTO.
Texto base: Suely C. Schubert e Centro Espírita Celeiros de Luz.