O homem passa pela Terra mas
a Terra não passa pelo homem. Creio que a perspectiva divina para a criação do
homem e o ter colocado sobre essa terra com certeza foi calcada de que haveria
de se encontrar, no decorrer do tempo, uma convivência mais amistosa entre essa
raça inteligente e seus irmãos menores e pouco menos inteligentes, e tudo mais.
As formas biológicas terráqueas exigem para sua sobrevivência física elementos
que reponham o desgaste do carbono, do oxigênio e de combinações de prótons,
nêutrons, elétrons, isso tudo fornecido por esta única Terra, por enquanto.
Perdeu-se o rumo da história em algum momento e numa sanha devoradora e o ser
dominante tornou-se carnívoro inconteste devastando todos e tudo que a sua vista
alcança, como se nós não fizéssemos parte da vida ecológica planetária. E no
momento, nos colocamos a desbravar os confins do nosso sistema solar e mais
ainda, colonizar novas "Terras"! O que a humanidade terrestre tem a
oferecer aos mundos vizinhos senão a destruição de si mesmo e tudo mais que
vislumbra? Não estamos sós, graças a Deus. Na dependência exclusiva do homem a
Terra já teria encontrado um fim catastrófico e pouco amigável para sua
sobrevivência. O homem passa pela Terra mas a Terra não passa pelo homem. Este
homem constará dos registros históricos do planeta Terra, assim como muitas
outras civilizações biológicas que de passagem já utilizaram de seus recursos
para progredir e desenvolver uma inteligência mais abrangente e solidária. Esta
Terra com seus bilhões de anos de convivência pacífica e silenciosa continuará
a flutuar na matéria escura por outros bilhões de anos servindo de cais para os
marinheiros que de posse de um bilhete de viagem acreditam na eternidade
passageira de suas curtas vidas insignificantes.
quinta-feira, 30 de março de 2017
terça-feira, 28 de março de 2017
Como despertar a espiritualidade nos outros? (Autoria de Gustavo Tanaka)
Imagine o seguinte cenário.
Você e uns 10 amigos foram
viajar juntos. Alugaram uma casa.
Chegaram, passaram o dia
juntos e foram dormir. Cada um no seu quarto.
No dia seguinte, algumas
pessoas acordaram bem cedo. outras ainda estão dormindo.
Você acha que essas pessoas
que acordaram mais cedo são mais evoluídas que os que ainda estão dormindo?
Elas apenas acordaram mais
cedo. Talvez tenham acordado mais cedo porque têm o hábito de acordar cedo. Ou
porque estavam descansadas. Ou porque dormiram muito mal. Ou porque o quarto em
que estavam tinha muita claridade.
Elas não são melhores que
ninguém.
Agora o que aconteceria se elas
tentassem acordas os demais?
Eles iriam se irritar, iriam
se incomodar, iriam brigar, não iriam descansar o tempo que precisavam.
E eles não são menos
evoluídos. Você não sabe o que se passou com eles. Talvez tenham tido uma
semana difícil. Podem estar com o sono acumulado. Podem ter ido dormir bem mais
tarde que os que acordaram cedo.
O que os que acordaram mais
cedo devem fazer então?
Apenas seguir seu dia.
Começam a fazer o café da
manhã, limpar a casa, preparar a programação do dia. Começam a organizar o que
querem fazer.
Podem pensar nos outros e
deixar o café da manhã pronto pata todo mundo e já pensar nas possibilidades do
dia para consultar os demais quando acordarem.
Assim, quando o outro
acordar, vai se sentir cuidado. Vai sentir que está entre amigos. Vai sentir
que aquela viagem é a viagem que, de fato, gostaria de fazer. Vai sentir que
está no lugar certo.
A vida desses que acordaram
mais tarde pode ficar um pouco mais fácil se aqueles que acordaram mais cedo
prepararem o cenário...
E é assim que vejo o
despertar da espiritualidade.
Talvez você sofra por
enxergar um mundo que as pessoas ao seu redor não enxerguem.
Talvez você queira muito que
as pessoas próximas de você vivam a mesma coisa que você vive.
Talvez você queira que elas
se abram pra algo maior.
Mas elas ainda estão
dormindo.
E se você tentar acordá-las,
você vão brigar.
Deixe essas pessoas onde
elas estão.
Continue seu trabalho sem
querer trazer ninguém junto. Faça a sua parte e cuide da casa. Cuide do seu
entorno e do que lhe é possível fazer.
E lembre-se de que você não
é mais evoluído que ninguém. Estamos todos no mesmo jogo. Apenas acordamos mais
cedo...
E daqui a pouco, todo mundo
vais acordar. Sem exceção.
Quando o sol começa a bater
forte, a luz entra nos quartos e não tem como continuar dormindo.
E é isso que está acontecendo
agora.
A luz vem vindo com força.
Logo logo todo mundo acorda. E quando eles acordarem, a gente já vai ter feito
um monte de coisas pra facilitar a vida deles e nos divertirmos juntos nessa
viagem...
quinta-feira, 23 de março de 2017
Caminhando.
Caminhando por alguns trechos de minha vida verifico que nem
sempre me dei conta das reais pretensões de meu espírito.
A visão atual, mais ponderada e aguçada, me possibilita
refletir com maior profundidade os diversos aspectos que no exato momento das
ocorrências, submetidos ao peso das emoções e sentimentos conexos aos fatos, me
impediam de observar com nitidez e claridade o retrato, sem as garatujas do
imperfeito e inacabado rascunho.
A maturidade do espírito é incontestável e mostra a necessidade
de repetirmos por diversas vezes as mesmas lições para podermos avaliar os
diversos ângulos de que dispomos para moldar de forma inequívoca, à nossa mente
em formação, a verdade, mesmo que aparente.
Essa reflexão nos aponta uma outra verdade, a de que o tempo
se torna estático quando não há lembranças. Se não pensamos e não movimentos
nossos neurônios, mesmo os mais sutis, não há vida! O que é o tempo senão o
precipitar dos acontecimentos e a possibilidade de aferirmos nossa capacidade
de realizarmos um trabalho e transformar uma ideia em algo palpável? Nossos
pensamentos são criações, e voltamos a pensar nos fatos ocorridos no passado em
outro tempo. Neste tempo.
A possibilidade real de que dispõe o espírito humano de relembrar,
sem culpas ou arrependimentos, as experiências e vivências levadas pelas águas
do tempo, sem o envolvimento emocional e sem a "temperatura" que as
envolvia, nos trás a certeza de que, inseridos na rede da vida, somos os responsáveis
por todos os ensaios que somados um a um escrevem a história única e essencial
de cada um de nós.
Sentado sobre essa quantidade imensa de folhas, preenchidas pacientemente
de ensinamentos e sentimentos, erros e acertos, lágrimas e sorrisos, noto que
as decisões interferiram, muitas vezes positivamente e outras nem tanto, na
condução do meu destino, mas que não posso ficar imaginando como seria se assim
não fosse. Uma linha circular não apresenta um início e um fim, simplesmente
existe.
É notável a sabedoria do Incriado. Quanto mais avançamos,
mais longe estamos do objetivo. Quanto mais nos aproximamos, maior a distância
a ser percorrida. O espaço é amplificado quanto maior a velocidade que
impulsionamos aos nossos pensamentos.
A realidade é tão ou mais relativa quanto maior nossa certeza
de que existe um tempo onde o espaço está paralisado ou um espaço onde o tempo
não tem significado.
Somos o que somos. Ponto final... Por enquanto.
segunda-feira, 20 de março de 2017
sexta-feira, 17 de março de 2017
quarta-feira, 15 de março de 2017
O Eco.
Tudo que lançamos ao espaço retorna
em algum momento à sua origem. Pode ocorrer no mesmo instante ou em 10.000
anos. A realidade é que somos interdependentes de todo o Universo e a
importância desse fato afeta nossa vida do mesmo modo que a viscosidade de um
fluido afeta sua velocidade de escoamento. Há uma correlação direta entre causa
e efeito, origem e destino, ação e consequência.
Já ouvimos falar de Leis
Universais, expressamente limitadas ao nosso entendimento, entretanto, por um
processo de educação que menospreza nossa individualidade potencial, nos
deixamos envolver inconscientemente nesse torvelinho de idas e vindas
reencarnatórias, perdendo a preciosa oportunidade de utilizar nossa força
interior na sua intensidade máxima, no intuito
de abrir e iluminar os caminhos rumo a eternidade, isto por desconhecê-la em
sua totalidade.
Quando lançamos ao espaço um
"grito psíquico", ele ecoa em todas as direções do espaço, desviando
ou penetrando infinitamente nos confins do Universo, levando consigo um apelo,
uma angústia, uma felicidade, um amor, e tudo mais que faz parte da história de
cada um de nós.
Pode resvalar em mentes despertas
ou contidas numa somatória de emoções de todas as matizes, criando uma Egrégora
que pende para a tristeza ou para a felicidade, para a concentração ou
distribuição, para a involução ou evolução. A verdade é que escrevemos nosso
próprio destino.
A vida nos propicia a
oportunidade de desenvolver nossas capacidades espirituais desde que estejamos
libertos do "eu" egocêntrico e lesivo. Há de ter soluções mais
amigáveis para o destino de nossa humanidade.
Ao nosso redor surge uma nova
forma de viver e enxergar esse viver. Vibrações harmoniosas e disciplinadas
fluem sobre nós a cada instante, trazendo uma energia libertadora do
"ontem" e imprimindo algo ainda inusitado para nós.
Notem que o tempo passa rápido,
os eventos se precipitam uns sobre os outros, as informações se multiplicam e
expandem em todas as direções atingindo a todos os seres de todos os reinos,
independentemente de sua inteligência ou discernimento.
Este Eco é cíclico e gera a certeza
de que tudo neste Universo conhecido são reverberações do passado, presentes na
memória das criações eternas. Diria que o "Som da Concepção" respira
edificação e ruína, geração e extermínio, fertilização e esterilização, num ir
e vir incansável da luz e das sombras, do calor e do frio, da vida e da
sobrevida.
Temos a oportunidade de
presenciar uma alteração da frequência intrínseca de nosso planeta e tudo mais
que palpita conjunta e interdependentemente, isenta de qualquer preconceito ou
preferência, mudando a estrutura interna da matéria densa ou sutil.
Novos
tempos, mais luminosos, mais esclarecedores batem à nossa porta e aqueles que
não se deixarem desanimar e se engajarem espontaneamente às novas leis, com
certeza estarão preparados para conviver com esta nova etapa de transição,
expurgando de vez os malefícios do esgotamento do paradigma atual de sobrevivência
individualista e pródigo em dilapidar o patrimônio ecológico de nosso orbe.
segunda-feira, 6 de março de 2017
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