quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Contaminação

O homem é ser social, pelo menos é o que os estudiosos da matéria afirmam. O convívio entre as pessoas ocorre em nossas atividades triviais e mais complexas. Desde o trabalho até a igreja que frequentamos.

Para cada ambiente é preciso estabelecer limites de comportamentos, o que nem sempre é observado e preservado. Muitos de nós extrapolam esses limites e adotam comportamentos inadequados para ambientes mais reservados e de natureza mais espiritual.

Nossos pensamentos, uma vez externados, prolongam-se pela eternidade e se entrecruzam com dezenas de milhões de outros pensamentos, alguns se somando e outros se desintegrando, produzindo uma verdadeira dança de vibrações harmônicas e antagônicas.

Nossa Terra natal ainda não totalmente arejada de habitantes em provas e expiações possui uma psicosfera contaminada por detritos mentais que identificam fielmente a cada um dos emissores de tais farpas psíquicas e, por conseguinte a necessária profilaxia da evolução do instinto para a razão.

Diz Lancellin através de João Nunes Maia: “Fazemos mais o mal do que o próprio bem que desejamos fazer, isso pelo ambiente criado por nós mesmos há milênios e enraizados em todas as atividades”.

“A viciação dos valores está por toda a parte onde haja civilização. O homem, até hoje, esqueceu-se da sublimidade do espírito, dos celeiros espirituais que existem dentro de cada criatura, e procura, por sistemas que criou e nos quais colocou o nome de arte, de ciência, e similares, buscar o conforto e, por vezes, a felicidade, fora de seu mundo íntimo. Isso pode e deve ter algum valor. No entanto, é uma simulação dos verdadeiros ideais da alma”.

Os valores do Espírito o acompanham aonde quer que seja e esta é a assinatura que será reconhecida no espaço quintessenciado.

“Corrompe-se pelo meio quem o quer. Conhecemos perfeitamente as nossas ideias e sabemos de nossas forças. Quem deixa o inimigo invadir a área de sua responsabilidade responderá pela invigilância”.

Cabe ao homem provar de suas possibilidades e exercer sua vontade.

Pensemos nisso.




sábado, 8 de agosto de 2015

Crises...

Desprezar a importância das crises no complexo processo da evolução espiritual é esquecer que o homem é produto de si mesmo e está em um lento e progressivo trabalho íntimo de renovação e aprendizado.

As crises financeiras nos mostram que nem tudo que almejamos é necessário.

As crises de saúde nos ensinam a respeitar os limites do corpo físico.

As crises morais repassam o passado delituoso de nossas almas.

As crises de família nos lembram de que o perdão é o melhor remédio.

As crises de arrependimentos nos propiciam a oportunidade de rever nossas atitudes e pensamentos.

As crises de culpas nos evidenciam que é preciso retornar e reconstruir o caminho.

As crises amorosas expõem nossas deficiências em compreender o próximo e a nós mesmos.

Para manter nosso equilíbrio emocional e sentimentos serenos, indispensável uma visão mais abrangente e imperativo nos colocar em posição de ator de nós mesmos.

A vida é uma sucessão de eventos, díspares à primeira vista, entretanto, perfeitamente sintonizados às nossas escolhas.

As crises nos despertam para a necessidade de rever o que já foi visto, de repensar o que já foi pensado e de refazer o que já foi feito.

O tempo passa... E aquele que se escoou não retorna...

Pensemos nisso.




quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A importância de servir sempre...

Saber-se útil é essencial para um viver equilibrado, por isso, convém desenvolvermos o hábito de servir.

Em todas as circunstâncias, o serviço é o antídoto do mal, não apenas em dias de arrependimento ou reparação.

A reabilitação perante as Leis Divinas é um sonho possível àqueles que tenham caído em tramas terríveis.

Sendo assim, não vamos desperdiçar a riqueza das horas em inúteis lamentações.

Servir nos próprios lugares onde se espalhou a sombra do erro com humildade, certamente granjeará apoio infalível ao próprio reajuste e trará animo no quadro das provações e dificuldades que porventura nos situemos.

O trabalho é precioso tutor, abrindo a senda ao concurso fraterno.

Servir no anonimato adotando uma conduta digna e com devotamento, proporcionará escada luminosa rumo ao Alto.

Neste cenário é provável que soframos o assalto de ferozes calúnias e vibrações de vingança.

Façamos como Jesus, nos recolhendo aos mais íntimos pensamentos de perdão, esquecendo as ofensas e as injúrias.

A maledicência não se manifestará diante do trabalhador nobre e bom.

Espíritos inferiores, antigos desafetos de outras vidas, podem estar a nos assediar no desejo de ver-nos recair em velhos vícios e erros, neste caso, vamos nos abster das queixas sem utilidade e resistir nos dedicando ao socorro dos que choram em dificuldades maiores.

A dedicação à beneficência terminará por conquistar a simpatia de nossos adversários e eles se envergonharão de desejar o nosso mal.

A preguiça e a ociosidade são o ópio das trevas, trazendo desequilíbrio, pessimismo, ressentimento, revolta e desespero.

Prestar muita atenção aos próprios problemas, nos torna as pessoas mais desafortunados do mundo, e quem se dispõe a amparar raramente encontra tempo para criticar.

Servir é um imperativo de saúde física e espiritual e, para ser feliz e equilibrado, impõe-se adquirir esse saudável hábito.

Quem busca sinceramente servir nunca encontra motivos para se arrepender.

Pensemos nisso.