sábado, 26 de maio de 2012

Menino


Um homem triste caminhava a beira de um lago tranquilo quando avistou na margem um menino que brincava com as pedrinhas que por ali estavam soltas.

Gracioso menino de cabelos louros e fisionomia alegre saltitava de um lado a outro e de vez em quando lançava uma pedra nas águas rindo a toa.

Vendo isso o homem começou a meditar sobre sua vida e o porquê de sua tristeza. Perdera a esperança de viver porquanto depois de grave enfermidade ficou viúvo e Deus levou aos céus sua amada companheira de todas as horas, como costumava dizer.

O menino ao perceber a situação achegou-se ao homem e lhe perguntou à sua maneira o porquê de tamanha aflição e desespero. Logo lhe contou sua história e foi agradavelmente surpreendido pelas palavras do menino.

Moço, solicitando sua atenção, minha mãe também foi para o céu e antes de ir me chamou e disse: Filho, fui chamada para uma viagem bastante longa e gostaria que você não perdesse a tua alegria e o teu sorriso depois que eu partir. Toda vez que for brincar próximo ao lago jogue umas pedrinhas na água para que eu possa saber que você ali está, e para cada pedrinha que jogar agradeça a Deus o tempo que passamos juntos, a oportunidade que tivemos de aprender um com o outro e o amor que nos unia.

O homem já se retirava quando o jovenzinho disparou: O que importa é a intensidade dos sentimentos e não o tempo em que passamos junto àqueles que amamos! Ah! E tem mais... Minha mãezinha também me alertou que por aqui eu encontraria pessoas como o senhor e que suas palavras deveria repetir. Vá com Jesus e a Virgem Maria e não perca sua alegria de viver porque aqueles que estão unidos pelo coração jamais estarão sós.

Boa noite a todos.



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Tempos modernos


Apesar de acostumado às novidades diárias algumas coisas ainda me surpreendem.

Caminhando neste passado final de semana “topei” com uma agradável mãe, diga-se de passagem deve ser uma exceção, espero, adjetivando um grande palavrão e admoestando um jovem garoto de seus 8 anos em razão do tempo perdido para levá-lo a um treino de futebol.

Pobre garoto! Pobre de mãe é claro. Pode ser que se salve, ainda.

Neste instante bateu a saudade...

Saudades do tempo em que MÃE era algo sagrado, se dava o respeito e era respeitada até além dos limites, educadora, orientadora. Mãe era sinônimo de renúncia, sacrifício, amor. Era tudo! Apesar de tudo!

Saudades do tempo em que os Padres não se confessavam pedófilos e “pegadores” na juventude.

Saudades do tempo em que a inocência de criança acreditava que o mundo era um certo paraíso!

Saudades do tempo em que uniformizado de escoteiro participava de campanhas do livro, do alimento, do cobertor e se pregava a moral e a conduta ilibada.

Saudades do tempo em que na escola, os alunos se levantavam à entrada do professor ou da professora e os chamavam de “Mestres”.

Saudades do tempo em que olhar para o céu era uma oportunidade de meditar e filosofar e não sonhar com carrões, iates, perfumes e mulheres...

Saudades do tempo em que assistíamos a comerciais do tipo café Seleto, cobertores Parahyba e parecia sentirmos o cheiro do café fresquinho e do calor que a coberta oferecia. Hoje assistimos a comerciais recheados de erotismo barato a despertar a libido de crianças recém saídas das fraldas. Qualquer um pode desfrutar da maçã proibida sem preconceito e responsabilidade.

Saudades do tempo que para tocar na mão de sua namorada iam alguns meses...beijinho então, nem se fala. Hoje se “fica” e se “multiplica”!

Saudades do tempo que para se unir ao outro era preciso “perder tempo” para conhecer os sentimentos e as verdades presentes no espírito do eleito ou eleita.

Saudades do tempo que os assuntos eram resolvidos ao vivo e a cores, sentindo os perfumes e aromas do contato humano e do calor das palavras.

Saudades do tempo em que as pessoas se dirigiam a uma igreja, templo ou sinagoga para refletir, meditar e orar por uma cura, uma melhora íntima ou um consolo para sua alma doída e não um escambo para obter vantagens materiais.

Saudades do tempo em que tínhamos tempo para pensar sobre a vida e seus mistérios e cada um construía seu caráter a partir de sábios conselhos dos mais velhos, escritos, falados e declamados.

Saudades do tempo em que a ética e a compostura eram valorizadas e o homem era medido pela educação e não pelas roupas ou “adidas” da vida.

Saudades do tempo em que ouvíamos músicas que serenavam nossos corações e despertavam emoções. Hoje elas agridem nossos tímpanos e a nossa saúde moral.

Saudades do tempo em que tomávamos refrigerante em garrafas de vidro e só para isso serviam.

Saudades do tempo em que as moças e os rapazes tencionavam se casar para ter filhos e educá-los para serem grandes seres humanos e não terem grandes contas bancárias e dezenas de diplomas nas paredes. Grandes por fora e completamente ocos por dentro.

Saudades do tempo em que mais valia possuir um grande coração e despertar virtudes do que enxertar silicones e despertar cobiça, ignomínia, volúpia e sensualidade.

Saudades do tempo em que ter convicção e saber dizer não eram virtudes e não caretice.

Saudades do tempo em que a adolescência terminava por volta dos 17 ou 18 anos. Hoje vai pra lá dos 28 e se deixar, encalha na casa dos pais, dos avós ou das tias.

Saudades do tempo em que crianças eram crianças e adultos eram adultos.

Saudades do tempo em que telefone era caríssimo e pensávamos muito antes de falar. Hoje praticamente todos têm celulares. Fala-se muito e pensa-se pouco.

Saudades do tempo em que não era necessário “jurar por Deus” para que acreditassem em nossas palavras. Na atualidade se desconfia de tudo e de todos e até de si mesmo.

 Saudades do tempo em que as meninas eram recatadas e os meninos envergonhados.

Saudades do tempo em que respeitar as leis e os costumes eram atributos de um “homem de bem”!

Saudades do tempo em que podíamos caminhar de madrugada pelas ruas sem sentir aquele calafrio na espinha ao passar por outra pessoa. O medo e a angústia a tudo consomem.

Saudades do tempo em que selvagens eram os animais de grande porte e não a busca desenfreada pela venda de produtos supérfluos que entopem nosso tempo, o tempo todo.

Saudades do tempo que íamos a escola para estudar e aprender muito além dos livros, adquirindo ciência e sabedoria e não simplesmente passar de ano.

Saudades dos anúncios e propagandas que focavam os produtos e não as mulheres despidas que sem pudor algum se entregam por um punhado de moedas.

Saudades do tempo em que os jornais e revistas publicavam reportagens e críticas bem escritas e recheados de conteúdo sem apelos de primeira página.

Saudades...

A humanidade está necessitando urgentemente de um choque de “hombridade” pois as conseqüências do jeitinho atual de viver levarão à ruína todos os princípios que constroem e embasam uma vida feliz e completa. As estruturas familiares estão sendo quebradas e os conceitos éticos esquecidos. Olhamos no espelho da verdade e só encontramos o vazio, o inóspito, a incongruência, a distorção e a negação.

Que Deus na sua infinita bondade e paciência faça-nos acreditar que ainda teremos a humildade e a decência de aceitar nossa pequenez da compreensão da vida. Que tenhamos a exata noção da imensidão a ser percorrida para alcançarmos a liberdade responsável e o conhecimento pleno da Criação Divina e que sejamos possuidores de coragem para mudarmos os rumos de nós mesmos.

Saudades...




quarta-feira, 16 de maio de 2012

Aparências



O que vemos no espelho é única e exclusivamente o que passa pelo nosso espírito!

Não nos deixemos enganar pelas aparências.

Vemos pelos perecíveis olhos da matéria ou pelos imortais da nossa alma?

Com certeza eles enxergam o que guardamos no coração.

Se quisermos modificar qualquer aspecto de nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando.

Aceitar a condição em que nos encontramos é um ato de boa vontade, de sabedoria e humildade, pois ao contrário do que muitos pensam a vida em si não está sob nosso controle.

Não encontramos nas palavras de Jesus referência aos predicados de seus filhos. Não disse “Vinde a mim vós que sois belos e formosos”, e sim, “Aqueles que sofrem”!

 Jesus via pelos olhos do espírito! Porque não agirmos da mesma forma?

Aceitar se refere ao momento presente, ao agora. No instante que aceitarmos como realmente somos, poderemos aproveitar o que a vida tem a nos oferecer. Novas ideias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.

Como dizem: “A dor existe, mas sofrer é opcional, é uma escolha”.

Nos momentos de insatisfação colocamos as emoções a frente da razão e, imersos nesses sentimentos de frustração acabamos por nos julgar de maneira contundente e de nos ferir profundamente.

Uma antiga e sábia oração dos índios Sioux roga a Deus o auxílio para nunca julgar o próximo antes de ter andado sete dias com as suas sandálias.

Porque não fazer o mesmo por nós? Porque utilizar as ferramentas da desconfiança, da imaturidade, da incapacidade para esculpir nosso ser?

Jesus disse em algumas oportunidades: “Vós sois deuses...” e ainda “Brilhe a vossa luz...”.

Alertou-nos porque era profundo conhecedor das dificuldades humanas, dos nossos sofrimentos e do pouco conhecimento das coisas do espírito.

Não vamos nos esquecer de que somente cada um de nós pode mudar a si próprio.

Somos responsáveis pelos acontecimentos e sentimentos a que estamos submetidos.

Aceitação de si mesmo é um passo concreto para deixar a vida mais leve, mais alegre e mais saudável!

Vamos modelar nossa estrada utilizando nossos melhores sentimentos e agradecer ao Criador a mais esta oportunidade de testar nossas habilidades espirituais no campo da experimentação humana.

Depende de cada um de nós fazer brilhar a nossa Luz!

Paz a todos!



sábado, 12 de maio de 2012

Murmúrios


Se a amargura bate em tua porta... Silencie.

Se a intolerância desequilibra tua razão... Silencie.

Se a injustiça rasga teu peito... Silencie.

Se a incompreensão ronda seu dia a dia... Silencie.

Se a sensualidade rege seus domínios emocionais... Silencie.

Se a angústia invade os refolhos de tua alma... Silencie.

Se o pensamento indisciplinado te faz andar em círculos... Silencie.

Silencie e procure a figura meiga e amorosa de Jesus pedindo suave e honestamente que ele transforme teus sentimentos em...

Desprendimento de si mesmo.

Resignação diante do inevitável.

Sensatez nos momentos críticos.

Serenidade no campo das angústias.

E principalmente domínio das tuas próprias atitudes para que possa aproveitar convenientemente as provas que te são oferecidas na escola do aprendizado e crescimento.



sábado, 5 de maio de 2012

Velocidade do Pensamento


Pensar é formar no espírito pensamentos ou ideias – Dicionário Aurélio.

Quem assim conceituou o pensamento, dotado era de grande percepção e conhecimento, uma vez que, o corpo material não detém as possibilidades de abrigar o pensamento. Corpo sem espírito não pensa!

Há controvérsias. Cientistas e pesquisadores nos trazem a notícia que devido aos entraves físicos da transmissão do pensamento através dos neurônios, sinapses e outros dispositivos cerebrais tais, o pensamento viaja a uma velocidade de 250 m/s, algo em torno de 1.000 km/h.

Naturalmente esses pensadores estão alheios às nossas capacidades psíquicas ou não as considera.

Alguns autores espirituais indicam que a velocidade do pensamento se aproxima de 3.000.000 km/s, isto é, dez vezes mais que a velocidade da luz. Suponho que seja muito mais que isso.

O pensamento não tem forma e não pertence ao mundo material. É um fenômeno que não nos é dado conhecer sua origem e em algum momento de nossa longa e interminável existência teremos a exata noção do que seja. Por enquanto podemos nos satisfazer com experiências filosóficas.

Pensamento e espírito caminham de igual para igual não havendo distinção entre eles. Não podemos dissociar a existência de um e outro.

Quando olhamos para a Lua em noite enluarada, não estamos observando através dos olhos físicos exatamente esta Lua e sim a de 1 segundo atrás. Na mesma direção, o Sol de 8 minutos e meio atrás e o planeta Júpiter de 55 minutos atrás.

Entretanto basta pensarmos, mesmo limitados à matéria, em qualquer desses corpos celestes e lá estaremos imediatamente!

Tenho comigo que a velocidade do pensamento varia e cresce de acordo com os predicados do espírito. Quanto mais elevado, maior a velocidade de seu pensamento, não havendo limites para ela.

Fiquemos atentos porque no mundo espiritual o conceito de espaço-tempo não encontra reflexão, nem guarida.



terça-feira, 1 de maio de 2012

O Tamanho do Universo - Parte I


Não devemos confundir a idade do Universo Conhecido que é de aproximadamente 13,8 bilhões de anos com seu tamanho. Para se ter uma ideia do que significa esse tempo vamos supor que vivamos uns 80 anos por encarnação, então teremos 172.500.000 encarnações.

As recentes observações científicas nos fornecem informações de que nosso universo é mais ou menos parecido com uma bola achatada medindo na sua espessura 76 bilhões de anos-luz e no seu diâmetro 152 bilhões de anos-luz.

Vamos realizar alguns cálculos para tentar visualizar e ter uma ideia do que significam esses números.

Ano-luz = distância percorrida pela luz num intervalo de um ano.

Velocidade da luz = 300.000 km/s. (a)

Um (1) ano = 365 dias x 24 horas x 60 minutos x 60 segundos = 31.536.000 segundos. (b)

Ano-luz = (a) X (b) = 300.000 km/s x 31.536.000 s = 9.460.000.000.000 km = 9,46 x 10¹² km, em outras palavras 9,46 trilhões de quilômetros.

Portanto, basta multiplicar 76 bilhões de anos-luz por 9,46 x 10¹² km para chegarmos à espessura do universo conhecido e por 152 bilhões para chegarmos ao seu diâmetro.

Espessura = 7,6 x 10¹° (x) 9,46 x 10¹² = 7,19 x 10²³ km.

Diâmetro = 1,52 x 10¹¹ (x) 9,46 x 10¹² = 14,38 x 10²³ km.


Mapa do Universo observável, produzido com base na radiação cósmica de fundo deixada pelo Big Bang.