terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Vazio.



Interessante este mundo. Carregamos tanto peso desnecessário que ao fim da caminhada nos apresentamos curvos. Quantas coisas poderíamos ter deixado de lado. Quantas manhas, quantas intrigas. Vamos embora e tudo isso perde o sentido. Perde o sentido discutir. Perde o sentido reclamar. Perde o sentido desejar. As ondas simplesmente passam queiramos ou não e fica mais um vazio onde ontem havia alguma coisa. A impermanência choca e sofremos ao tentar entendê-la como princípio fundamental de nossas vidas. Tudo se transforma. Nossos sentimentos se transformam e nos revoltamos contra tudo aquilo que não temos o domínio. Tateamos no escuro tentando encontrar nossa verdadeira natureza. E a natureza por si só é indomável. O espírito do homem é incontido. Está em todos os lugares independente do tempo e do espaço. Então por que nos sentimos bem em espaços de quatro paredes? Por que nos confinarmos e sentir o peso da rotina? Tudo neste mundo é rotina: o Sol nasce todas as manhãs, as manhãs se transformam em anoitecer. As sementes explodem em árvores, as árvores nascem e morrem no seu tempo. As marés sobem e descem, as ondas partem e retornam. Os elétrons continuam a girar em torno de seu núcleo. Tudo é rotina. A Grande Rotina do Criador. Mundos no nascedouro e mundos no ocaso! . E o homem? Enquanto o homem pensa e demoniza tudo o que toca sobrecarregando sua existência com mesquinharias sem a menor importância para o Universo. Não se contendo em curvar seus próprios ombros, inferniza e maltrata tudo a sua volta como um rei dispondo de toda a ecologia sem perdão ou satisfação. Aprende homem! Aprende a ser diferente e salvar o mundo da gente!



terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Apego.



Apegamo-nos à matéria e não percebemos o quanto isso é insensato visto da perspectiva espiritual. Aqui uns se ligam às suas contas bancárias, acolá às suas coleções de relógios e carros e outros aos seus imóveis. Deixamos para trás inúmeras oportunidades de nos apegar ao que realmente importa, para perder tempo com o que não nos pertence e sim a este mundo que por si também é transitório e passageiro. Já deixamos por inúmeras vezes tanta coisa no passado e não nos lembramos, e continuamos nos apegando às ilusões momentâneas. Como dizia Chico: “Tudo passa”. E passa mesmo. Todos nós em algum momento, queiramos ou não, estaremos alijados de nossos pertences materiais mais caros. “Vamos embora” e tudo fica. Fica nosso emprego, fica nossa casa, fica nossa família, tudo fica tudo menos o que de bom agregamos em nosso corpo mais sutil. E para o espírito só importa os sentimentos, a gratidão, a caridade sem recompensa, a dedicação sem limites, o amor incondicional. Dizem que “Rei morto Rei posto”! Para quem vê pelo prisma material isso é uma grande verdade, mas também nos ensina que não somos insubstituíveis quando no mundo físico. No mundo da matéria “Somos todos passageiros”! Ainda não nos acostumamos a ver a verdade, a verdade dos Budistas quando sua doutrina afirma que se faz necessário para buscar o Nirvana, pensamentos corretos, ações corretas, sentimentos corretos e principalmente compaixão! E compaixão não se compra e nem se coleciona, se sente! A compaixão vem de dentro e aflora de maneira espontânea contaminando o ambiente com doces mensagens de otimismo e esperança. Faz desaparecer a indiferença, a maldade, a desconfiança e ilumina nosso interior para novas e preciosas experiências de elevação espiritual. Vale lembrar que Deus concebeu Sua Casa Perfeita e que cabe a nós buscar esta Casa. Ela está à disposição de toda criação para desfrutá-la e para tanto, necessitamos estar preparados conscientemente para chegar até Ela.  Permanecendo atentos aos nossos mais íntimos desejos podemos nos desprender das amarras do egoísmo e nos deixar mais próximos da compaixão! Desejo é energia potencial. Energia potencial em expansão produz movimento. Movimento em direção à Luz traz elevação. Através da elevação chegaremos à nossa Casa.